sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

OpenDocument Format - ODF

O ODF[1]é um padrão aberto para criação de documentos de escritório - texto, planilha eletrônica, apresentação, gráfico, e muitos outros . Um padrão aberto significa que qualquer desenvolvedor pode saber os detalhes de criação, portanto, permitir que um determinado programa leia e salve nesse formato.
A principal vantagem de um padrão aberto é a interoperabilidade, isto é, um arquivo salvo em um determinado editor, dentro de um determinado sistema operacional, pode ser aberto por outro editor em outro sistema operacional.
Outra grande vantagem, é não depender de um editor específico. Um formato fechado teria problemas caso o editor fosse descontinuado pela empresa que o desenvolve, ou se por algum outro motivo, a pessoa, ou empresa, deseja migrar o seu sistema para outra plataforma.
O Brasil ja adotou o ODF como formato oficial para troca de informações [2]. Desde um tempo governo brasileiro já vem buscando soluções livres[3], o portal do software público é um bom exemplo disso[4].
Infelizmente, a Microsoft resiste a adoção do ODF, pois isso concederia aos usuários a opção de não escolher o MsOffice. É uma pena, porém, cada vez mais, as ferramentas gratuitas que suportam o ODF vem melhorando de qualidade e aumentando seu número de usuários. A ferramenta mais famosa e que vem ganhando força é o OpenOffice, que inclusive ganhou a sua versão brasileira o BrOffice. Ambos podem ser baixados gratuitamente - nos sabores Linux e Windows - em seus respectivos sites e são bem parecidos com o MsWord. Inclusive, abrem documentos no formato ".doc" do MsWord. A única resalva é que, como este formato é fechado, a compatibilidade não pode ser garantida completamente.
Em um mundo no qual a comunicação é um recurso cada vez mais inportante, os formatos abertos tem o seu lugar no futuro.

Notas:
[1] Leia mais sobre em: http://www.infowester.com/odf.php
[3] Leia sobre uma dessas iniciativas aqui: http://www.noticiaslinux.com.br/nl1231205631.html
[4] Saiu uma matéria bem legal na Linux Magazine #49 página 28 sobre isso: http://www.linux-magazine.com.br/article/experiencia_brasileira

Post Scriptum:
Na verdade não tenho nada para falar aqui, então vou aproveitar e fazer (ainda mais) propagando do mundo do software livre: Testem o BrOffice!!!!




4 comentários:

Gabriel Martins disse...

Agora que meu pc é um pouco melhor posso usar o BrOffice mais tranquilamente
Mas lembro que antes demorava bastante para abrir o programa, parecia bem pesado

Thiago S. Mosqueiro disse...

Uma pergunta... O que muda ao adotarmos como padrão para transição de documentos os ODF? Eu não acredito muito

Isso já faz algum tempo, assim como as medidas para tornar o software livre mais presente na academia (por exemplo). No entanto, é muito comum recebermos comunicados de nossa diretoria usando DOC, assim como os documentos que devemos utilizar (cartas, formulários) em DOC e PDF.

Rodrigo J. Fonseca disse...

Como o BrOffice é um pouco mais completo que os outros editores xompatíveis com ODF ele é mais pesado para carregar sim, mas acho que isso andou melhorando, pois não é porque um programa é gratuito e livre que quer dizer que não hajam pessoas trabalhando arduamente nele, principalmente o OpenOffice, que agora está sendo apoiado pela Sun.
As ferramentas livres e gratuitas evoluem. Um grande exemplo é o Ubuntu, onde as versões mais recentes estão carregando bem mais rápido que as versões de uns anos atrás.
O BrOffice andou tendo sua parcela de melhorias, mas como eu não acompanho e não uso-o muito, então não sei dizer o que mudou. Da ultima vez que eu usei, não achei que demorou muito.
Para falar a verdade, eu tenho usado o MsWord no meu desktop por falta de espaço, estou com muitos jogos, vídeos e etc no meu PC. Mas quando o assunto é trabalho, eu recorro ao meu laptop com Linux e OpenOffice.

PS: Com o BrOffice é muito mais fácil de inserir fórmulas no texto do que com o MsWord, assim eu usei muito o BrOffice quando estava na física.

Rodrigo J. Fonseca disse...

Acho que o principal argumento em usar o ODF é a interoperabilidade, ou seja, é você poder mandar um documento e saber que independe da plataforma que o destinatário se encontra, haverá (ou poderá ser criada) uma ferramenta que ele possa usar.
Além do mais, com formatos fechados, somos obrigados a obter a licença do software que abre este determinado formato, o que para um órgão do governo pode custar milhões (vindos do dinheiro do contribuinte).
É verdade que a USP envia alguns comunicados em DOC, e eu acho errado, porque isso me obriga a comprar o windows e o office. Contudo, como a microsoft tem acordo com a USP fornecendo máquinas com windows, os funcionários ficam mal acostumados. Caberia a alguém (não sei quem) introduzir na faculdade a cultura do ODF.