Foto simplesmente magnífica de um efeito luminoso conhecidíssimo: a aurora polar, nome dado por Galileu em homenagem à deusa romana Aurora e seu filho Bóreas [0]. Note as pequenas curvas que se formam até o horizonte... A beleza da aurora polar não depende apenas da região ou da hora do dia, mas também da sorte e habilidade do fotógrafo. Outro efeito correlato: o sol da meia noite.
Acredita-se que este efeito seja o resultado de colisões entre partículas eletricamente carregadas em altas camadas da atmosfera, especialmente nas regiões polares. Estaríamos falando, em primeiras estimativas, de elétrons com energia da ordem de 10keV. Há também a possibilidade de prótons e partículas alfa participarem da brincadeira. A alturas tipicamente da ordem de 10²km, estas partículas colidem com átomos presentes na atmosfera (provavelmente com o nitrogênio, que marca sua presença com mais da metade da atmosfera, e o oxigênio, que é o segundo ou terceiro colocado dentre os presentes na atmosfera). O processo que resulta na emissão de luz está ligado com a ionização destes átomos. Trata-se, se pensarmos de modo prático, da colisão em si, que libera energia; bastaria adicionarmos um pouco de Mecânica Quântica e Eletromagnetismo.
Mudando de assunto, a palavra finlandesa que define a aurora polar, revontuli, refere-se a uma antiga fábula sami. Analisando, repo significa raposa e tuli, fogo; o revontuli significa fogo da raposa. Segundo tal fábula, as caudas das raposas que correm pelos montes lapões, batem nos montes de neve e as faíscas que saem desses golpes refletem-se no céu [1].
Em geral, estes textos mitológicos fornecem explicações muito interessantes. Para cada povos do norte há uma fábula sobre as auroras, tanto as que tentam explicar sua existência, como as que garantem àqueles que às veem um futuro de sorte. A seguir, um trecho do Mitologia de Bulfinch que cita a mitologia nórdica.
Acredita-se que este efeito seja o resultado de colisões entre partículas eletricamente carregadas em altas camadas da atmosfera, especialmente nas regiões polares. Estaríamos falando, em primeiras estimativas, de elétrons com energia da ordem de 10keV. Há também a possibilidade de prótons e partículas alfa participarem da brincadeira. A alturas tipicamente da ordem de 10²km, estas partículas colidem com átomos presentes na atmosfera (provavelmente com o nitrogênio, que marca sua presença com mais da metade da atmosfera, e o oxigênio, que é o segundo ou terceiro colocado dentre os presentes na atmosfera). O processo que resulta na emissão de luz está ligado com a ionização destes átomos. Trata-se, se pensarmos de modo prático, da colisão em si, que libera energia; bastaria adicionarmos um pouco de Mecânica Quântica e Eletromagnetismo.
Mudando de assunto, a palavra finlandesa que define a aurora polar, revontuli, refere-se a uma antiga fábula sami. Analisando, repo significa raposa e tuli, fogo; o revontuli significa fogo da raposa. Segundo tal fábula, as caudas das raposas que correm pelos montes lapões, batem nos montes de neve e as faíscas que saem desses golpes refletem-se no céu [1].
Em geral, estes textos mitológicos fornecem explicações muito interessantes. Para cada povos do norte há uma fábula sobre as auroras, tanto as que tentam explicar sua existência, como as que garantem àqueles que às veem um futuro de sorte. A seguir, um trecho do Mitologia de Bulfinch que cita a mitologia nórdica.
As Valquírias são virgens da guerra, montadas em cavalos e armadas com elmos e lanças. (...) Quando elas cavalgam adiante em sua mensagem, suas armaduras derramam uma luz estranha que bruxuleia, que acende por cima dos céus do norte, fazendo o que os homens chamam "aurora borealis", ou "Luzes do Norte".Todas histórias belas. Esta imagem foi na verdade publicada na Make Magazine neste último dia 18, que aliás pode ser vista na lista de blogs de nosso site na barra ao lado.
Environmental Graffiti has a roundup of amazing light phenomena photos, with nice pithy explanations of the science. Via Mr.ReidGostaria de ver mais imagens de auroras? Veja aqui.
Algumas notas finais...
- [0] O nome dado por Galileu é o nome como as pessoas do hemisfério norte costumam conhecer.
- [1] Quem assistiu quando criança, com certeza lembrou-se neste momento dos Cavaleiros do Zodíaco.
8 comentários:
Fantástico! Quem assistiu (e/ou leu) A bussola de ouro também deve ter relacionado. :b
Belo... e belas histórias... a natureza é realmente fascinante!... e lembra muito cavaleiros do zodíaco!! HAha!
Onde foi tirada essa foto ?
Que lindo! Você podia explicar tb um pouquinho do pq de elas serem vistas nos pólos...
Eu achei que fossem perguntar o porquê das tonalidades... afinal, sou físico, não geógrafo... : (
Há várias explicações para isso, Juliana. Uma delas é que as raposas dos montes lapões só correm nos montes lapões, então...
Bom, na verdade, a aurora boreal (hemisfério norte), polar (zonas polares) ou austral (hemisfério sul) ocorre em todas as regiões, mas com menor freqüência na região sul e norte... Mas não tenho dados quantitativos sobre isso. Mas sei que ocorrem também em outros planetas. No artigo da Wikipédia, existe um filminho com a observação por uma estação espacial muito bonito.
Esqueci no comentário anterior, mas... talvez a freqüência (ou a probabilidade de ocorrência) possa ser explicada pelas linhas de campo magnético terrestre, mas quem sabe isso não é assunto prum post futuro? Vou tentar aprender ;)
Nossa.. desculpa não perguntar, mas eu imaginei que a cor dependesse da energia liberada, como é comum acontecer... então fiquei mais curiosa de saber pq acontece lá pq me lembro de na escola um professor falar alguma coisa sobre o magnetismo da Terra influenciar, mas eu nunca entendi direito. Seria um post legal sobre isso.
Juliana, desculpe... acho que fui meio agressivo com você, né? Eu quis ser engraçado, desculpe...
Sim, está ligada a uma transição eletrônica (acho que do nitrogênio) que ocorre (na ionização) próximo ao verde mesmo...
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