Oi galerinha.
Hoje vou postar um teorema legal de análise, que na verdade é um caso particular de um teorema mais geral em , mas que em usando um pouquinho de análise complexa (bem pouco) podemos provar o teorema de um jeito bem legal.
Hoje vou postar um teorema legal de análise, que na verdade é um caso particular de um teorema mais geral em , mas que em usando um pouquinho de análise complexa (bem pouco) podemos provar o teorema de um jeito bem legal.
Primeiro precisaremos de algumas definições
Def. Um difeomorfismo é uma isometria (ou mais precisamente uma isometria Riemanniana) se satisfaz
Note que uma isometria preserva por exemplo o comprimento de caminhos , em particular preserva distâncias. O teorema que provaremos é o seguinte:
Poderíamos definir uma isometria apenas como uma função que preserva distâncias e de fato em uma variedade Riemanniana as duas definições são equivalentes (esse é o teorema de Myers-Steenrod). Em um post futuro pretendo provar que aplicações que preservam distâncias em também são composições de translações e rotações, o que prova a equivalência das duas definições de isometria em , por exemplo.
Temos um conceito um pouco mais fraco que o de uma isometria, que é o de uma aplicação conforme.
Teorema. Seja uma isometria, então existem e tais queEm particular descobrimos que o grupo de isometrias de é o produto semidireto . (Como conjunto isso é apenas a diferença é a operação no grupo).
Onde é grupo de matrizes ortogonais, ou seja .
Poderíamos definir uma isometria apenas como uma função que preserva distâncias e de fato em uma variedade Riemanniana as duas definições são equivalentes (esse é o teorema de Myers-Steenrod). Em um post futuro pretendo provar que aplicações que preservam distâncias em também são composições de translações e rotações, o que prova a equivalência das duas definições de isometria em , por exemplo.
Temos um conceito um pouco mais fraco que o de uma isometria, que é o de uma aplicação conforme.
Def. Uma função , é dita conforme se existe uma função, tal que
Toda aplicação conforme satisfaz as equações de Cauchy-Riemann
Onde .
Portanto graças à análise complexa sabemos que uma função , conforme pode ser vista como uma função holomorfa (derivável em ) . Vamos à prova do teorema então.
Demonstração. Vou identificar com em vários momentos durante a prova, onde a indentificação é dada por
O mais importante a se manter em mente é que se e são números complexos então
Dessa forma obtemos por exemplo que como é holomorfa, já que é isometria e em particular conforme
Onde usamos a equação de Cauchy-Riemann e na última igualdade estamos falando da multiplicação entre número complexos de e . Com essa identidade é fácil notar que a derivada complexa de é apenas . Vamos mostrar que a segunda derivada de é zero e descobrir que portanto essa aplicação é afim, ou seja e de fato saberemos que
Como preserva o produto interno, e isso terminará o teorema. Para isso note que
Usando a equação de Cauchy-Riemann para , sabemos que denotando
Já que é uma isometria, portanto derivando em y
Similarmente sabemos que e derivando isso em x descobrimos que . Como são ortonormais descobrimos que e portanto . O que termina o teorema.
Portanto graças à análise complexa sabemos que uma função , conforme pode ser vista como uma função holomorfa (derivável em ) . Vamos à prova do teorema então.
Demonstração. Vou identificar com em vários momentos durante a prova, onde a indentificação é dada por
O mais importante a se manter em mente é que se e são números complexos então
Dessa forma obtemos por exemplo que como é holomorfa, já que é isometria e em particular conforme
Onde usamos a equação de Cauchy-Riemann e na última igualdade estamos falando da multiplicação entre número complexos de e . Com essa identidade é fácil notar que a derivada complexa de é apenas . Vamos mostrar que a segunda derivada de é zero e descobrir que portanto essa aplicação é afim, ou seja e de fato saberemos que
Como preserva o produto interno, e isso terminará o teorema. Para isso note que
Usando a equação de Cauchy-Riemann para , sabemos que denotando
Já que é uma isometria, portanto derivando em y
Similarmente sabemos que e derivando isso em x descobrimos que . Como são ortonormais descobrimos que e portanto . O que termina o teorema.
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