sábado, 31 de janeiro de 2009

E a professorinha já falava sobre globalização...

Recentemente, uma correspondente que prefere não revelar seu verdadeiro nome, e por isso a chamaremos de Maria de Jesus Arnaldita Coelho [1], enviou uma referência muito interessante: Academic Earth. Segundo eles próprios,
Academic Earth is an organization founded with the goal of giving everyone on earth access to a world-class education.

O objetivo está em achar meios de utilizar inovações tecnológicas para facilitar o aprendizado. Veja o time que está trabalhando nisto. O site está repleto de vídeos de aulas gravadas, ministradas por conceituados pesquisadores de diversas áreas. Já com link para cada área, astronomia, biologia, química, ciências da computação, econoia, enenharia, inglês, história, direito, matemática, medicina, filosofia, física, ciência política, psicologia e religião. Também é possível procurar por vídeos em separado por autor ou instituição.

Naturalmente as aulas são todas proferidas em inglês. Mas o inglês não está tão compliado: se você não fugir muito da área que você estuda, há grandes chances de conseguir compreender grande parte da aula e ganhar algum conhecimento extra. Ao menos, isto vale para exatas. Para advogados, ainda é pouco um complicado: a seção law (direito) traz aulas que referem-se às leis deles. No entanto, como humano, acho que o exercício de raciocinar sempre pode ser obtido, não importanto o conjunto verdade.

Por fim, agradeço à Maria J. A. Coelho por essa dica e minhas novas noções sobre álgebra linear!

Notas finais:

[1] Trata-se da mesma pessoa que decorou 100 dígitos do .

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Jogos Piratas X Jogos Originais

Boa noite, sou Rafael, praticamente ninguém me conhece, mas conheço o Rodrigo e o Tiago fazem 10 anos e vou contribuir com este blog através de meus "dotes" de gamer.
Para falar a verdade, o post sobre o estudo da gravidade do jogo Super Mario Bros foi inclusive idéia minha, mas hoje
quero falar sobre um assunto um pouco polêmico: Jogos Piratas contra Jogos Originais.

Muitos devem pensar no por que comprariam um jogo original se o pirata que custa 90% a menos na banca da
esquina ou pegam de graça na internet? Bom, vou tentar explicar o meu lado do assunto.




Já vou começar dizendo que eu tenho sim jogos piratas, assim como a maioria por aqui, mas para quem já
pegou um jogo pirata na internet, pode ter notado um arquivo com a extensão .NFO que é muitas vezes ignorado.
Este arquivo geralmente fala do grupo de crackers que 'crackeou' o jogo, sobre o jogo e a opinião do grupo.
Grande maioria deles como Razor1911, Reloaded e Deviance colocam a seguinte frase no final do texto:


Dê suporte para companhias que produzem softwares de qualidade! Se você gostou deste produto, compre!
Desenvolvedores de software merecem o suporte!!
-Razor1911


Eu sou totalmente a favor da frase acima, e desde que comecei a ganhar meu dinheiro, sempre compro os jogos
que realmente gosto. A prova disso é a foto abaixo de todos os meus jogos originais:




Desculpe pela qualidade da foto, mas foi tirada com meu celular. Para quem não conseguiu descobrir, essa é a
lista dos jogos da esquerda para direta, de cima para baixo:


Age of Empirres Collecto's Edition - Trackmania United - RollerCoaster Tycoon 2 - Worms Armageddon
Command & Conquer: The First Decade - Battlefield 2142 - Call of Duty 4
- Battlefield 2: Complete Collection
Call of Duty - Half Life Anthology - Theme Hospital - XIII - Rainbow Six Vegas - Rainbow Six Vegas 2
Lost Planet Extreme Condition: Colonies - Halo 2
- Unreal Tournament 2004 - Scarface - The Orange Box
Command & Conquer: Tiberian Sun - Brothers in Arms: Road to Hill 30 - Command & Conquer: Renegade
Tycoon City: New York - Crashday - Heroes III + IV Complete
- Heroes IV
Splinter Cell Pandora Tomorrow - Outlive - Constructor - Traffic Giant - Total Soccer 2000 - Homeworld Cataclysm
Grin Fandango + Outlaws - Vigilance
- Need for Speed III: Hot Pursuit - NASCAR SimRacing
Serious Sam The Second Encounter - Ultimate Quake - Elite Beat Agents - Metroid Prime
Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei


E ainda adiciono a lista os meus jogos comprados digitalmente: AudioSurf, Savage 2 e Assassin's Creed

O que quis dizer com essa lista foi o seguinte: eu sei que muitos brasileiros não estão em situação
financeira para fazer o mesmo que eu faço, mas pelo menos tentem!


Vários jogos dessa lista foram importados como ambos Rainbow Six Vegas, Lost Planet é até usado.
Só uma observação, Elite Beat Agents e Metroid Prime são para meu Nintendo DS!

Um grande fator que me levou a comprar estes jogos foram os modos online deles, é muito divertido jogar online
com outras pessoas, Rodrigo e eu jogamos Team Fortress 2 sempre que pudermos, mas isso não é
possível com os jogos piratas.


Como vocês notaram, sou um "pouquinho" viciado em jogos, mas mesmo assim insisto em convidar
qualquer um a jogar comigo, meu nick online é rafcor, ou mesmo bater um papo comigo para quem estiver
mal acostumado que jogos são somente para "nerds".


Eu suporto a indústria da forma que eu posso, ajude você também!


ABNTeX: mudando o nome da seção bibliografia

Já falamos aqui sobre o ABNTeX, lembra? Trata-se de um pacote que pode ser facilmente instalado em sistemas como Windows/Linux/Mac (detalhes sobre a instalação nas distribuições teTeX e MikTeX podem ser encontradas neste artigo) para escrever documentos segundo as normas da ABNT. Existe, no entanto, um problema que vem trazendo um pouco de dor de cabeça a usuários não tão familiarizados com o LaTeX: modificar o nome da seção de referências bibliográficas.

Voltando ao post original, O ABNTeX trata basicamente de combinar as normas da ABNT com a funcionalidade do LaTeX.
A Associaçao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é a associação que dita as normas que devem ser seguidas por documentos ditos técnicos, tais como dissertações, teses e monografias. (...) Para facilitar então a rotina de construir um documento LaTeX já nas normas da ABNT, um grupo lançou o pacote ABNTeX (...).

Para escrevermos dissertações, teses e monografias somos submetidos a outras normas: as normas locais, pertencentes à instituição que abriga o trabalho. No IFSC, por exemplo, exige-se que a seção com as referências bibliográficas seja nomeada Referências. Por padrão, o ABNTeX a chama de Referências Bibliográficas. Como a classe abnt é bem parecida com a report, deveria funcionar utilizarmos a seguinte macro

\renewcommand{\bibname}{Referências}

Esta macro deve ser inserida no preâmbulo. Para os que não usam o pacote inputenc,

\renewcommand{\bibname}{Refer\^{e}ncias}

No entanto isto não gera efeito nenhum. Nenhum erro é apontado, nem nada: o nome da seção continua sendo Referências bibliográficas. Usando macro para classes tipo book,

\renewcommand{\refname}{Referências}

Mas também não ocorre nada além de um belo erro: veremos a seguir que o padrão pra classe abnt é a macro \bibname.

Há uma última maneira, nada recomendável, que com certeza funciona: alterar um dos arquivos de definições da classe abnt. Como não tenho a instalação do MikTeX aqui comigo, vou passar como deve ser feito em linux (não deve depender de distribuição) [1]. Se você usa MikTeX, continue lendo.

Procure o arquivo abntex-text-pt_BR.def, que deve estar localizado na pasta

/usr/share/texmf/tex/latex/abntex/

Neste arquivo, algumas definições são feitas e dentre elas está o nome da seção de bibliografia. Edite este arquivo como super usuário, ou seja,

sudo emacs abntex-text-pt_BR.def

Após fornecer sua senha de administrador, procure pela linha em que está a seguinte macro.

\providecommand{\ABNTbibliographyname}{\bibname}

Deve ter mais coisas escritas nessa linha, mas ignore. Substitua essa linha por

\providecommand{\ABNTbibliographyname}{Refer\^{e}ncias}

Isso funciona. Mas definitivamente não é a melhor opção.

Para usuários MikTeX, basta localizar o mesmo arquivo em seu sistema e alterar a mesma linha. Feito isso, será necessário atualizar o MikTeX sobre essas mudanças. Para isso, vá em Iniciar/Programas/MikTeX e abra o MikTeX Options. Na primeira das abas, clique no botão Refresh Now.

Originalmente, \providecommand{\ABNTbibliographyname}{\bibname} significa que a macro \bibname deveria alterar o nome da seção. Mas isso não está funcionando. Por isso, estamos deixando fixo o nome da seção como Referências. Seria muito chato ter que alterar este arquivo toda vez que o nome da seção for diferente, mas o que me parece é que trata-se de um bug ainda não resolvido. Se alguém tiver alguma informação adicional, por favor divida conosco.

Nota

[1] Arquivos com extensão cls, def e sty, dentro de ambintes TeX, são arquivos de configuração que independem de plataforma.

Teste a velocidade do seu provedor

Você está em dúvida se o seu provedor de internet está te oferecendo toda a velocidade que prometeu? Gostaria de saber sua taxa de download e upload?

Uma boa dica é o site http://www.speedtest.net/. Você pode medir taxas de download e upload e o seu ping para diversos servidores espalhados pelo mundo, e ainda por cima compartilhar seus resultados e ver as estatísticas globais de outros usuários.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Rock, coisa do cão



Esse post é sobre uma daquelas coisas que você não poderia morrer sem ficar sabendo um dia. Tudo surgiu depois de um bate-boca com um amigo sobre o rock e suas letras.

Naquele momento, tocava Black Sabbath, da banda homônima.




O trítono




O trítono (tritonus) é o nome que se dá ao intervalo entre duas notas que corresponde a 3 tons inteiros. Na Idade Média, o trítono, recebeu a alcunha de Diabolus in Musica. Foi tido como um intervalo inconveniente, extremamente tenso por natureza, e o som mais dissonante na Escala. Foi chamado de a maior dissonância das dissonâncias. Os gritos de guerra (Sluarg Gaurm-Slogan) refletem um arquétipo musical proferido neste mesmo intervalo, um intervalo que geraria medo no inimigo; os chineses denominam tal intervalo como Jwei-Pin, os hindus o empregavam em rituais noturnos, e os ocidentais reconhecem que tal intervalo tem um aspecto angustiante, inquietante e desagradável. Sendo, então, proibido pelos musicistas religiosos católicos em razão da sua associação simbólica com a imagem do Diabo. Mais tarde, com o advento da música barroca e clássica, este intervalo já era aceito. Sempre de uma maneira controlada, no entanto, era evitado. Foi apenas no romantismo que ele começou a ser usado de forma mais livre.

O uso



É possível encontrar os trítonos em diversos compositores eruditos, como Beethoven, Vivaldi, etc. Mas foi notavelmente mais usado com Wagner.

"It can sound very spooky [os trítonos]. It depends on how you orchestrate. It is also quite exciting, [Wagner's] Gotterdammerung has one of the most exciting scenes - a 'pagan', evil scene, the drums and the timpani. It is absolutely terrifying, it is like a black mass."


Na música popular, os trítonos tiveram um papel importante do desenvolvimento da teoria harmônica do Jazz. Mas ganhou notabilidade no Heavy Metal (que, aliás, sendo um tipo de rock, tem suas raízes no jazz/blues) e, aí, existe uma curiosidade interessante, que explicaria o uso dos trítonos:

"There is a big connection between heavy rock music and Wagner. They have cribbed quite a lot from 19th Century music."


Black Sabbath



Uma das primeiras aparições desse intervalo no Heavy Metal, foi justamente na música
Black Sabbath. Apesar do compositor não ter a mínima idéia do que estava fazendo.

"It just sounded right - I didn't think I was going to make it Devil music Black Sabbath's"

666



Aqui entra, realmente, uma curiosidade da curiosidade. O trítono é formado a partir de um intervalo de 3 tons inteiros, que se traduz em 6 semi-tons. Este intervalo, usado diversas vezes na composição da música, acaba formando uma sequência de 6, que remete ao 666.

"Black Sabbath's guitarist Tony Iommi used a tritone as the entire basis for his song Black Sabbath. He plays a tritone exclusively until halfway through the song."

Pois é, mas é como dizem por aí, coloque um óculos com lentes vermelhas e você verá tudo vermelho. Ou seja, se eu ficar procurando 666 em música de Metal, eu vou achar. Portanto, lembre-se que isso é só uma curiosidade.

Um clipe


E para quem gosta, o clipe da música Black Sabbath, bem trash. Reparem na roupa do baixista, um dia vou ter uma dessas:




P.S.
Minha fonte para esse post foi puramente o Google. Em outras palavras, pode conter imprecisões históricas.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Vamos cantar o

Eu conheci uma pessoa uma vez que sabia 100 dígitos de cor do . Bom, saiu no Talk Like a Physicist um video interessante que estou repassando aqui. Há ao menos um erro nesse video, alguém acha?



Sobre aquela que decorou 100 dígitos do que comentei acima, tivemos notícia de um cara que foi ainda mais longe: tatuou em seu braço (e ombro) todos estes 100 dígitos... Ele provavelmente não queria mais esquecê-los. Duvida? Veja aqui, neste outro artigo da Talk Like a Physicist.

Espero que tenham gostado.
Para os que procuraram o erro: get a life!

Post scriptum

Elas falam errado a sequência aos 1min 14seg. Elas inventam um seven depois de três ones seguidos.

(2:24) Atualização: Adicionei o link pro cara tatuado.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

7 bons motivos para se ter um blog

Meu objetivo neste post é tratar de um assunto muito pertinente para estar num blog. É justamente a importância de se ter um blog. Mais especificamente, por que ter um blog é bom para quem tem? Vou então, enunciar 7 bons motivos para ajudar quem ainda está pensando em ter um blog a tomar uma decisão. Que fique claro que não vou tratar aqui de blogs do tipo "diário". Vamos lá!




1. Estruturar conhecimento


Ter um blog sobre o que você estuda ou lê sobre, é muito útil. Quando você lê algum determinado livro sobre algum assunto, você pode até entender, gostar, etc. Mas tente explicar para alguém, essa tarefa se torna um pouco mais complicada. Pior ainda, é escrever sobre o assunto. Ou seja, ter um blog acaba demandando um estudo maior sobre o que você pensava que já sabia. Escrevendo, acaba-se percebendo pormenores que antes, talvez, você não tenha prestado atenção. É isso o que quero dizer com estruturar conhecimento. Imagine que todo o conhecimento que você adquiriu esteja flutuando de forma quase que aleatória no nosso cérebro. Quando vamos escrever, tentar explicar, precisa-mos organizá-lo e, portanto, estruturá-lo melhor, para que outra pessoa possa entender o assunto ao qual nos propomos explicar.

2. Tornar-se visível


Ora, é muito chato saber várias coisas e não poder contar para ninguém. Ter um blog cria uma conexão com o mundo inteiro, possibilitando que qualquer pessoa com acesso à internet possa compartilhar com você sobre o que você pensa, seja sobre música, ciência, literatura ou até sobre a vida dos outros.

3. Escrever é saudável


Quando eu estava no colégio e meu irmão cursava Física, ele disse que num curso de exatas, nós desaprendemos a escrever. Naquela época, eu tinha achado isso um absurdo. Afinal, se eu continuo lendo livros, como vou desaprender a escrever? Ledo engano. A falta de prática com a escrita faz você cometer erros absurdos que não cometeria se escrevesse regularmente. Qualquer pessoa buscando emprego no mercado de trabalho tem que escrever bem, um blog é uma ótima ferramenta para melhorar sua escrita!

4. Formar amigos


Tendo um blog de determinado assunto, você acaba conhecendo pessoas que gostam do mesmo assunto. Por exemplo, se você gosta de filosofia, entra em blogs de filosofias e comenta (deixando um link para o seu blog, é possível que o dono desse outro blog vá no seu e comente.

5. Armazenar informações


Sabe quando você está navegando na internet, encontra uma coisa legal e tem vontade de guardar aquilo pra sempre? Você até salva aquilo numa pasta em algum lugar do seu computador mas depois você acaba perdendo, invariavelmente. Um blog é uma ótima ferramenta pra resolver isso. Quando você posta aquilo que você achou legal na internet ou aquilo que você acabou de ler (ou mesmo aquele teorema que você provou brilhantemente) e não queria esquecer, o post fica guardado pra sempre (teoricamente). E o melhor é que com uma busca do google, fica fácil achar aquela informação. Portanto, o blog é um ótimo lugar para armazenar aquelas informações que você não quer perder nunca.

6. Ganhar dinheiro!


Até onde eu saiba, todo mundo gosta disso. Se você possui um blog com conteúdo original, que possui boa divulgação e muitos leitores, é possível ganhar dinheiro com ele. Existem vários jeitos, mas a maneira mais fácil é colocando ad-ons do google. Você só precisa criar uma conta paypal e o resto deixa com a Google. Mas, atenção, para isso você vai precisar de muitos leitores, mas muito mesmo.

7. Conseguir um emprego!


É isso mesmo! Hoje em dia empresas (de comunicação, principalmente) estão dando preferência a pessoas que possuem um blog. Afinal, olhando o blog de uma pessoa, é possível ver se ela escreve bem, o que ela pensa sobre o mundo, o que ela estuda, etc. Ou seja, é melhor você começar pensar em ter um blog se quiser um emprego. ;-)

Obs.: Obviamente, esse processo ainda não é generalizado no Brasil. Mas indica uma tendência que as empresas (novamente, de comunicação, principalmente) devem seguir, pois isso já é muito praticado lá fora. Para quem quiser uma fonte, li sobre isso numa matéria da Folhateen.

P.S.

Para quem quiser uma matéria completa sobre blogs, desde a sua origem, até a sua importância no mundo atual, recomendo que leiam esta matéria que saiu na revista Época e pode ser lida on-line, na íntegra. Clique aqui.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Uma prova para o Teorema de Pitágoras

Quem não conhece o Teorema de Pitágoras? Provavelmente é o teorema mais famoso do mundo, aprendemos ele no ensino fundamental, isso porque ele é útil, mas muito útil mesmo. Ele é tão útil que os babilônios já o conheciam cerca de mil anos antes (por volta de 1900-1600 antes de Cristo) de Pitágoras. De fato, o teorema só leva o nome de Pitágoras, pois sua escola foi a primeira a conseguir uma prova irrefutável para o teorema.


Muita gente conhece o Teorema de Pitágoras, mas o que pouca gente sabe é como prová-lo. Existem muitas formas (infinitas, aliás). A que vou apresentar aqui (do meu próprio jeito) é a que acredita-se ser a mais próxima da original.

Vamos lá!

Teorema: Dado um triângulo retângulo qualquer, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.

Em outras palavras, dado o triângulo retângulo ABC:


podemos afirmar que .

Prova: Primeiramente, pegue um segmento de reta e divida-o da seguinte forma.

Na verdade, tanto faz o nome da parte maior ou menor ser a ou b, isto é, você poderia nomear também, b e a (nessa ordem). Tudo bem, agora que você tem esse segmento, construa um quadrado cujos lados medem .


Observe que
e que . Trace o segmento e de o o nome para essa medida de c.Não é difícil notar que se traçarmos os segmentos , obteremos um quadrado de lado c.

A parte difícil acabou, agora basta calcularmos a área (S) do quadrado ABCD de duas maneiras diferentes:
  1. [*]
Pronto, agora é só igualarmos 1 e 2:

.

O que nos deixa com:

, como queríamos demonstrar.

Até.

Dica LeGauss

Se quiser conhecer 80 provas diferentes para o Teorema de Pitágoras, acesse http://www.cut-the-knot.org/pythagoras/index.shtml.

Notas:

[*] Essa área foi calculada da seguinte forma:
  • Primeiro somamos a área dos triângulos retângulos DBE, ECF, FDG e GAD. Como eles são congruentes, a área deles é a mesma, portando, multiplicamos por 4.
  • Depois, é só somar a área obtida no item anterior com a área do quadrado do meio (o quadrado de lado c).





Durante quantos dias choveu?

Um pequeno problema me chamou a atenção. Ele me foi enviado por Raphael Saponeis. Trata-se da solução do seguinte enunciado.
Depois de N dias de férias, um estudante observa que:
a - choveu 7 vezes, de manhã ou a tarde
b - quando chove de manhã não chove de tarde
c - 5 tardes sem chuva
d - 6 manhãs sem chuvas

Qual o valor de N?
Pois é. E como resolver? Vou mostrar duas possíveis soluções.

A minha solução

Um dia é formado pela manhã e pela tarde. Do enunciado, sabemos que


em que é o número de manhãs e o número de tardes. Segundo as assertivas b, c e d do enunciado, sabemos que há manhãs em que choveu e há manhãs em que não choveu; similar para as tardes. Logo, podemos fazer as novas definições:


sendo o número de manhãs em que choveu e o número de manhãs em que não choveu. Similarmente,



Da assertiva a do enunciado, sabemos



Das assertivas c e d, temos



Substituindo na expressão para , temos



Com isso, chegamos ao resultado .

A solução dela

Uma correspondente do Legauss e, em particular, fã do autor deste post mostrou uma resposta que, segundo ela, é bem mais simples e didática. Eu, por outro lado, considero coxa criativa. Para os que quiserem resolver como ela, sigam os seguintes passos.

Peguem uma folha de papel em branco. Desenhem duas colunas de bolinhas (desenhem 5 linhas só para demarcar as colunas). Cada linha está ligada a um dia que se passou. Uma das colunas refere-se às manhãs; a outra, às tardes. Bolinhas preenchidas (com interior pintado) indicam que naquela manhã (tarde) choveu; bolinhas não preenchidas (com interior vazio) indicam que naquela manhã (tarde) não choveu.

Das assertivas c e d, sabemos que só cinco (seis) bolinhas podem estar preenchidas na coluna da tarde (manhã). De a, sabemos que há sete bolinhas preenchidas no total. Por fim, de b sabemos que não podemos preencher duas bolinhas de uma mesma linha.

Qual resultado que você chega? Segundo ela, nove dias. Eu só acredito quando ver os rascunhos dela!

Mas a verdade: às vezes, tendemos a complicar naturalmente o problema. E isso nos leva a frustrações em nossas vidas que podem nos atormentar por longo tempo.

Esse não é o caso. :)



Post dedicado a Jaqueline Brito.

Um estudo legauss

Recebi um link de um amigo meu esses dias. Era um link para um trabalho realizado por alguns alunos e publicado pelo seu professor sobre a ação da gravidade nos jogos da série Super Mario.
Definitivamente eu gostaria de ser um desse alunos... Bom, não é hora de chorar o leite derramado mas de beber o que ainda restou no copo - :D minha primeira piada infeliz em um post. Não vou reescrever o trabalho, apenas uma rápida introdução e a conclusão do trabalho. Eu sugiro fortemente que você leia o trabalho na íntegra[1]. Vale a pena.

Medidas experimentais


Para se calcular a aceleração precisamos de 3 medidas: A velocidade inicial, a distância percorrida e o tempo levado para percorrer tal distância. Nas medidas experimentais, o Mario caia de uma plataforma, assim sua velocidade inicial definitivamente é nula, o que deixa apenas duas medidas a serem feitas. Elas foram obtidas filmando-se as telas de jogo e contado os pixels para determinar a distância e o tempo é obtido a partir do número de frames do vídeo e da taxa de frames. Para se converter a distância de pixels para metros, foi usada uma informação tirada da wikipedia que diz que o Mario tem certa de 1,52 metros.

Jogos avaliados


Super Mario Bros.
Super Mario Bros. 2
Super Mario Bros. 3
Super Mario World
Super Mario 64
Super Mario Sunshine
Super Paper Mario

Conclusões


Os resultados obtidos foram espantosos. A gravidade normal da Terra é de aproximadamente 9,8m/s2. A gravidade em cada jogo do Mario variou de 5 a 11 vezes esse valor, muito acima do que qualquer pessoa normal pudesse aguentar.
Eles também compararam o valor da gravidade com a taxa de bits da GPU - Graphics Processing Unit (Unidade de Processamento Gráfico). E aparentemente, quanto mais rápida a GPU, mais o valor da gravidade se aproxima do real - apesar de o mais próximo ainda estar absurdamente longe.

Considerações finais


Este trabalho de fato não acrescenta muito - senão nada - a vida de ninguém, afinal, de que importa o valor da gravidade no mundo do Mario. Porém o método científico foi muito bem empregado e o assunto escolhido, apesar de inútil é muito legauss!!!
Notas

[1] Acceleration Due to Gravity: Super Mario Brothers;

domingo, 25 de janeiro de 2009

Retirando a barra do blogger

Há algum tempo retiramos aquela barra do Blogger que ocupava todo o campo superior da página. Retiramos porque achamos que a página fica melhor sem ele e também porque não há nenhuma obrigação legal para mantê-la. Foi possível, inclusive, conferirmos que a barra pesava um pouco a página em alguns navegadores. Ficará claro que esta é uma tarefa bem simples.

Para tal, vá em layout e selecione Editar HTML. Assim, você verá todo o código html de seu blog. Procure a seguinte linha.

<b:skin><!--[CDATA[/*


Logo abaixo desta linha, devem estar as características de seu blog. Passando estas características, insira a seguinte padronização.

#navbar-iframe
{
display: none;
}

Assim, você pede que a barra do Blogger não mais apareça. Qualquer problema, basta postar um comentário.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Review sobre RSS feeds com Google Reader

Os leitores RSS são aplicativos que reúnem notícias (sementes) das fontes (semeadores) escolhidas pelo usuário. A sigla RSS refere-se a uma família de formatos de Web Feeds, usados quando há grande frequência na atualização ou publicação de trabalhos em alguma fonte. Exemplos claros de sites que apresentam tais características são os blogs. Vamos chamar estas fontes com alta frequência de atualizações de feeds, palavra que do inglês significa alimentação. Em geral, a feed não é o blog ou a página de notícias em si, mas uma página avulsa escrita utilizando algum padrão RSS (criada automaticamente por algum software). Os leitores RSS usam este padrão para organizar as atualizações, facilitando a leitura. O símbolo (à direita) mundialmente representa o endereço da feed, em geral aparece nos cantos da página (bordas, menus, etc). Para encontrar o endereço da feed de algum site, basta então procurar por este símbolo. A imagem à esquerda é um screenshot (do menu à direta do texto), evidenciando onde podemos encontrar os endereços das feeds.

Há diversos leitores RSS disponíveis sem custo algum. Podemos citar RSS Captor, RSS Magnet Reader, RSS Bandit e RSSOwl. Talvez o mais famoso seja o Google Reader, uma aplicação web da Google, no ar desde 2005, que oferece diversos recursos interessantes. Vamos explorar ao longo do texto este leitor RSS, em principal por causa das seguintes características:
  1. Total integração com sua conta do Orkut ou qualquer outro serviço que você utilize da Google (gmail, Books, sites, etc) [0].
  2. Livre de plataforma (funciona em quase qualquer sistema operacional).
  3. Tudo o que for salvo em sua conta poderá ser acessado de qualquer lugar com conexão à internet.
  4. É possível compartilhar os posts de suas feeds com colegas, mesmo com aqueles que não utilizam o Google Reader.
  5. Para cada usuário, o Google Reader cria (automaticamente) uma página pública em que são postadas, em formato de blog, as notícias (ou posts) que você escolher como "compartilhadas".
Os outros leitores citados não deixam a desejar, no entanto vamos explorar um pouco mais da opção da Google apenas porque este aplicativo, o Google Reader, é facilmente compreendido e é um bom ponto de partida para aprender a brincar com a leitura de feeds. A imagem a seguir é a imagem que o Wikipédia apresenta como exemplo do software [1].



Veja um exemplo de página pública aqui. Nela, vemos a identificação o dono da página pública no canto superior direito e, na coluna da esquerda, são exibidos os posts compartilhados (pelo dono) [2]. A página pública de um usuário pode ser acessada por qualquer outro usuário, tenha ou não uma conta no gmail (ou qualquer outro serviço da Google). Mas fica mais fácil para aqueles que têm conta no Google Reader: existe um espaço dedicado à exibição dos itens compartilhados de seus colegas.

Estou interessado. Como uso o Google Reader?

É bem fácil usuá-lo. Além da documentação escrita pela própria Google, a probabilidade de encontrar outro usuário deste serviço é bem grande. Mas, vamos passear rapidamente pelo Google Reader. Para iniciar o software, basta entrar no endereço reader.google.com, identificando-se com sua conta Google (a mesma do gmail, orkut, etc). Seguindo autenticado, o navegador carregará uma página bem parecida à figura acima, mas sem textos na parte central. Veja a imagem a seguir, retirada deste endereço.



Discriminadamente, as regiões identificadas na figura são (embora esta figura pareça meio velha):
  1. A lista com as inscrições (feeds). Caso haja uma nova atualização em alguma das feeds, o nome desta feeds aparecerá em negrito, apresentando, ao lado do nome, o número de mensagens não lidas.
  2. Estas são as opções gerais. Home leva você à primeira página do aplicativo; All itens mostra todos os itens, sem separar por fonte; Starred itens são itens marcados como especiais (uma estrela); por fim, Shared items são os itens compartilhados.
  3. Opções para exibição das atualizações.
  4. Parte central, em que aparecem as atualizações das feeds, e algumas opções para selecionar o que será visualizado.
A sua lista de feeds começa vazia. Para adicionar uma entrada, basta copiar o endereço de uma feed da qual você deseja obter atualizações. Com esse endereço em mãos, clique no botão Add a subscription e forneça o endereço. Assim feito, a fonte será adicionada à seção subscriptions do aplicativo (veja o esquema na figura à esquerda; clique na figura para ampliá-la). Naturalmente, esta área é do usuário.

Em Shared Items, você poderá encontrar seus itens compartilhados e o endereço de sua página pública: basta ler as informações disponíveis nesta seção [3]. Abrindo a página pública pelo link presente na seção Shared Items, basta repassar o endereço para qualquer colega. Sinta-se à vontade para adicionar o enderço de sua página pública em meus comentários. Logo abaixo, existem as seções Notes e Trends, que, respectivamente, armazenam notas escritas pelos usuários e mostram as atividades em números e estatísticas. Estas opções podem ser úteis para aqueles blogueiros fanáticos que ganham muito dinheiro escrevendo em seus blogs, fazendo propaganda de marcas famosas.

Também é possível organizar as suas feeds em pastas, discriminando assuntos, autores, etc. Recursos como este estão presentes em Settings, canto superior direito do aplicativo. Primeiramente, você deve criar uma pasta, clicando em Add a Folder (veja na figura) e, em seguida, fornecendo um nome para pasta. Se diversas feeds pertencerão a uma mesma pasta, então crie a pasta uma vez e, voltando à pagina inicial do aplicativo, simplesmente arraste as feeds para a pasta.



Por fim, existe uma facilidade quanto à inscrição das feeds. Vamos supor que gostaríamos de receber as atualizações deste meu blog. Para tal, clicamos no símbolo do RSS e somos mandados para este local. No canto superior da página, vemos o botão subscription. Logo acima, ha uma caixa em que se escolhe como deverá ser feita essa inscrição (há pessoas que recebem essas novidades por e-mail, utilizam o próprio navegador, etc). Para adicionar essa feed em seu Google Reader, basta clicar no botão subscrition.

No caso de dúvidas, sinta-se à vontade para entrar em contato, seja como comentários (abaixo), seja via e-mail.

Presença na academia

Atualmente, todos aqueles que querem realmente se tornar fontes de notícias que serão (quase) certamente lidas passaram a disponibilizar, juntamente à sua Home Page, também uma fonte RSS. Assim foi feito, também, com os grandes periódicos sobre física, química, matemática, etc. Há grandes revistas eletrônicas que têm milhares de leitores inscritos em seus feeds RSS. Por isso, para estudantes de graduação em áreas em que a leitura de periódicos é essencial, é possível utilizar os leitores RSS para armazenar um grande número de periódicos.

Há, naturalmente, alguns detalhes ruins nessa história: os periódicos costumam atualizar seus conteúdos em um determinado horário, enviando uma porrada algunas dezenas de notícias por vez. O arxiv, por exemplo, atualiza-se logo pela manhã. Se você inscrever-se como leitor do arxiv e verificar durante o almoço o número de notícias não lidas, encontrará algo da ordem de 100 notícias. Portanto, é importante não apenas inscrever-se em milhares de feeds, mas também saber selecionar quais notícias ler e quais simplesmente marcar como lidas. Para alunos, assim que uma grande área de interesse estiver definida, talvez o melhor seja inscrever-se em jornais específicos desta área e inscrever-se em jornais que publicam notas rápidas sobre as demais áreas [4]. Nos sites dos jornais, podemos encontrar facilmente o endereço de suas respectivos feeds.

Alguns sites montam sistemas inteligentes para suas feeds, e este é o caso do arxiv. Existem diversas feeds separadas sobre os assuntos que são cobertos e o endereço muda muito pouco de uma pra outra. Na verdade, existe uma regra geral (explicada pelo próprio arxiv aqui). De forma rápida (sem detalhes), as feeds têm como endereço

http://export.arxiv.org/rss/<nome>
,

sendo que em vez de <nome> usamos o nome de um dos tópicos abordados pelo arxiv. Por exemplo, para Matéria Condensada seria http://export.arxiv.org/rss/cond-mat. Se o tópico procurado não existir, o servidor direciona o usuário a uma página de erro que fornece todas as possíveis siglas dos tópicos abordados. Tente aqui para verificar a página de erro e os possíveis nomes das feeds. No fim das contas, basta adicionar ao Google Reader este endereço para passar a acompanhar diariamente as atualizações dos tópicos do arxiv. A leitura da página de ajuda do arxiv pode ajudar a personalizar suas feeds [5].

Como há artigos no Wikipédia em constante construção, esta enciclopédia resolveu fornecer feeds para cada artigo. Assim, os interessados em determinado artigo podem manter-se em dia com as novidades adicionadas ao artigo. Como exemplo, Física da Matéria Condensada tem sua feed nos endereços



Ambos podem ser inseridos no Google Reader para acompanhamento diário. Há também a possibilidade de inscrever-se nas feeds para as outras linguagens (o en no começo dos endereços acima identificam a linguagem).

Eu quero que meu blog apresente-se como feed!

Como fazer para que fãs de seu blog sigam suas atualizações usando os leitores RSS? Não conheço nenhum serviço de blogs que não forneça automaticamente a geração da RSS feed. Basta portanto verificar a documentação do serviço que você utiliza. Pode ser, inclusive, que já haja leitores de seu blog e você nem mesmo saiba. Pode ser.

Para um usuário do Stoa, por exemplo, basta clicar na figura indicativas do RSS para ver a feed. O Stoa ainda oferece feeds para as atualizações do perfil do usuário, atividades do usuário, etc. Outros serviços, como o Blogger ou a WordPress, ambos famosíssimos [6], fornecem serviços também acessados na página principal do blog.

Blogs que acompanho

Agora, serei um pouco mais pessoal e despreocupado com as possíveis decepções que podem ocorrer após publicar uma lista de alguns poucos selecionados. Será uma lista não ordenada e sem a pretensão de repassar todos os que acompanho, mas alguns que podem interessar aos poucos leitores que mantenho : )

Sintam-se à vontade para publicar mais sugestões de leitura nos comentários...
Obrigado pela visita!

Notas:
  • [0] São pouquíssimos os que não usam nenhum serviço.
  • [1] Note que o usuário utiliza seu e-mail do Yahoo, ou seja, a Google não exige que os usuários de seus serviços sejam também usuários do gmail (assim como feito há muito tempo).
  • [2] Naturalmente, às vezes, repasso alguns que eu mesmo escrevo, já que percebi que algumas pessoas lêem apenas esta minha Página Pública.
  • [3] É possível escolher alguns templates (designs ou formatações) para a página pública definidos pelo próprio software. Não é possível, no momento, criar uma formatação própria para a página. Algo, talvez, para o futuro.
  • [4] Naturalmente, nunca é bom isolar-se em sua área.
  • [5] Trata-se de fato de um sistema bem inteligente e bem robusto.
  • [6] O Blogger, um dos mais usados, e o WordPress, um dos que tem maior qualidade em serviços para blogs.

Open-source e a crise


Acabei de ver no blog da IBM este artigo sobre Open Souce(OS).
O movimento Open Source vai se acelerar com a crise econômica. Budgets mais apertados e ênfase na redução de custos tornam mais atraentes as alternativas “low cost”.

Em suma, diz que o mundo já está caminhando em direção ao OS a um tempo, que o OS nunca esteve tão forte e, para colaborar, a crise econômica força as empresas a buscarem soluções alternativas de baixo custo (adivinha quem).
ignorar Open Source não será nada saudável para a nossa carreira profissional

Quer um conselho? Mesmo que você não se interesse por Linux, software livre e etc, dê uma olhada, para o seu próprio bem. Baixe um liveCD[1], leia alguns textos sobre, procure aprender. Se você tem medo de Linux, existem muitas soluções OS para o Windows[2] também. Não fique para trás!
Leia o artigo.

Notas

[1] Baixe e teste o Fedora e, se gostar, instale.
http://fedoraproject.org/pt_BR/get-fedora
http://www.projetofedora.org/download
[2] Por exemplo, o BrOffice. Semelhante ao MsOffice, vem com editor de texto, planilhas, apresentações e etc, mas é gratuito e utiliza padrões abertos. Se você ainda não conhece essa é a hora.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Como tudo funciona?

Eu não posso responder a essa pergunta, mas existe um site que tem essa proposta. O gringo "HowStuffWorks" tem uma versão nacional, o "Como tudo funciona". Apesar da tradução errada, este site realmente cumpre o que promete: explicar como as coisas funcionam de uma maneira completa e fácil de entender.


Não tenho motivos para ficar explicando sobre o HowStuffWorks se eles mesmos já se explicam, aqui vai uma descrição encontrada no próprio site:

O HowStuffWorks é o melhor lugar para descobrir como as coisas funcionam. Fundado em 1998 por Marshall Brain, professor da Universidade Estadual da Carolina do Norte, o site tem crescido continuamente. Sua importância é reconhecida pelo público e pelos meios de comunicação, o que é atestado pelos diversos prêmios recebidos pelo site.

De motores de carros a ferramentas de busca, de telefones celulares a células de energia, milhares de assuntos são explicados pelo HowStuffWorks. Nenhum tópico é grande ou pequeno demais para ser destrinchado pela nossa equipe...ou para você entender. Além dos textos de fácil compreensão, os artigos do HowStuffWorks usam infográficos e animações para analisar cada tópico de maneira clara, simples e objetiva.

Há outra ferramenta importante nas páginas do HowStuffWorks - o Guia de compras. Escrito por especialistas independentes, o Guia de compras mostra de maneira simplificada o que deve ser considerado na hora da compra de um produto.

Com sede em Atlanta (Geórgia, nos EUA), o HowStuffWorks é desde 2003 parte do Convex Group, empresa de mídia e tecnologia. No Brasil, o quartel-general do HowStuffWorks fica em São Paulo.


Bom, mas eu não seria eu se não colocasse algo do que penso aqui. Alguns podem se perguntar: "Para que vou usar esse site se já existe a Wikipedia?". A resposta é simples. Diversifique suas fontes de informação.

Além disso, a proposta do Wikipédia difere totalmente da proposta do HowStuffWorks. Primeiro de tudo, a Wikipédia é uma enciclopédia colaborativa, o HowStuffWorks, não. Pois é, colaboratividade é muito vantajoso e isso já foi discutido aqui no blog. Mas, no caso da Wikipédia, há de se salientar que isso pode trazer algumas desvantagens. Apesar da extensa gama de conteúdo, qualquer um pode escrever um artigo para a Wikipédia, a conclusão inevitável é que a chance de haver erros e imprecisões é alta. (Mas lembre-se que existe o outro lado da balança, o conteúdo da Wikipédia passa pelo jugo de muitos leitores, sendo que eles podem corrigi-lo).

Outro problema embutido nisso tudo é o que qualquer leitor da Wikipédia já reparou. O de quando se trata de entender algum conceito complicado. A pesar de possuir uma vasta gama de informações, em geral os articulistas não estão preocupados em empregar muita didática em seu texto.

No HowStuffWorks essa é a proposta fundamental. Ele é escrito por especialistas (não que isso importe muito) preocupados em tornar a matéria em questão de fácil entendimento (isso, sim, importa). O resultado você pode conferir no site, que possui vídeos explicativos, imagens, tabelas, etc. É muito legal, vale a pena. Se você lê inglês, consulte o site americano, pois ele possui mais informações.

Bom, acho que já me alonguei demais aqui. Gostaria de reforçar uma mensagem já presente no texto: diversifique suas fontes de informação! Lembre-se que qualquer site ou livro é escrito por seres humanos sujeitos ao erro e, pior, existem os mal-intencionados, que passam informações erradas de propósito!

Até.

P.S.

Os links para os sites já se encontram no começo do post, mas aqui vão eles de novo:

Um dos primeiros casos de Computação Forense

As técnicas forenses para reunir informações precisas sobre algum fato são muito interessantes e espertas. Muitas vezes, achamos que podemos fazer algo e sair impunes. E é aí que chegam os peritos forense e estragam a brincadeira. Infelizmente, aqui no Brasil essa seção está subdesenvolvida. A seguir, um caso muito interessante que revolucionou a interação entre a informática e a ciência forense. Trata-se de um assassinato ocorrido no fim dos anos 80 que foi resolvido de forma muito peculiar. Este texto foi inspirado na série Medical Detectives.

O crime

Harry e Sally Weiner, marido e mulher moradores de Erie (Pennsylvania), eram assíduos frequentadores da igreja presbiteriana. Harry era empregado de um banco na cidade. Tudo começa quando Sally é sequestrada e liga a mando do sequestrador para negociar o resgate. Ela conta em detalhes como ocorreu o sequestro e que ele deveria obedecer algumas ordens imediatamente; e caso ele não o fizesse, ela teria suas mãos decepadas.

Harry entrou em contato com a polícia local e o FBI, que tomaram controle do caso. Eles já sabiam de antemão que o telefonema foi, na verdade, uma reprodução de uma fita gravada algum tempo antes, pois Harry e Sally não interagiram. No telefonema, Sally mandou Harry pegar uma bolsa, que deveria estar próxima ao carro dele, contendo informações que ele deveria seguir à risca. Esta bolsa deveria ser entregue cheia de dinheiro, naturalmente. Na bolsa, havia um bilhete com instruções impressas.

Harry foi ao local combinado, junto com um policial em seu banco de passageiro e alguns agentes da FBI à espreita. Ficaram no local por algunas horas, até que resolveram dar por encerrada a espera. Harry voltou para casa.

A busca por pistas

No dia seguinte, um grupo da FBI realizou uma busca pelo local onde o resgate deveria ocorrer e encontraram, sem muita dificuldade, um segundo bilhete, preso a uma haste de metal com uma bandeirinha de papel crepom. Este segundo bilhete direcionaria Harry por um caminho até um terceiro bilhete, que o mandaria até uma igreja abandonada não muito longe dali. Na igreja, cessavam as pistas.

Por que fazer isto com Harry? Com essa movimentação, ficaria fácil para o sequestrador identificar possíveis vigias ou policiais juntos a Harry. No entanto, a segunda pista não estava muito visível, e Harry acabou nem percebendo. O plano do sequestrador havia falhado.

Neste momento, haviam passado 18 horas desde o primeiro (e único) contato. Harry não tinha nenhum outro sinal do sequestrador. Este é o momento em que se começa a esperar pelo pior.

E o pior aconteceu...

Dois dias após o contato, um domingo, o corpo de Sally foi encontrado. Tirando detalhes com certeza muito tristes, agora era possível saber que o sequestrador não procurava simplesmente dinheiro. Nem sequer Harry teria muito dinheiro para dar.

Foi então que começaram os primeiros testes forenses. A bala usada no assassinato não poderia ser identificada. A única evidência com que eles podiam trabalhar eram os bilhetes e o corpo em si. Eles começaram a analisar os bilhetes, que pareciam ter sido digitados no computador, usando algum tipo de processador de textos. Em um deles, aliás, notaram uma palavra ortograficamente errada: exactely. Todos os bilhetes traziam consigo um padrão muito fixo de escrita.

A primeira pista, então, ocorreu quando um policial notou, em uma vitrine de uma loja próxima ao banco de Harry, anúncios que carregavam consigo padrões parecidos aos dos bilhetes. O autor usava, para separar o conteúdo do texto, sinais gráficos como <*>. O dono da loja, senhor Copenhefer, disse que copiara os sinais de outros anúncios que teria visto no passado e admitiu ser amigo da família Weiner. Na verdade, além de amigos, eles frequentavam a mesma igreja. Ele também admitiu não ter nada a ver com a morte dos Weiner.

Por causa das similaridades entre as notas e os anúncios da vitrine da loja de Copenhefer, a polícia confiscou seu computador. Após um teste no corpo de Sally, foi possível determinar a hora da morte. Para a surpresa de todos, Sally já estaria morta na hora em que o sequestrador entrou em contato. Para ajudar, Copenhefer não tinha álibi para o dia inteiro em que ocorreu o sequestro.

A casa começa a cair...

Para piorar a situação de Copenhefer, pedaços de papel crepom rasgado foram encontrados em sua loja, e os rasgos encaixavam-se com os utilizados nos bilhetes deixados no local do não realizado resgate. Também hastes de metal foram encontradas em um galpão de Copenhefer, parecidas com aquelas dos bilhetes. Comprovou-se, com um microscópio eletrônico de varredura, que as hastes encontradas no galpão e as dos bilhetes seriam da mesma fábrica, criadas no mesmo lote (mesmo dia/hora). Segundo o metalurgista forense da equipe do FBI, dr. William Tobin, as marcas de fabricação batiam perfeitamente, com diferenças tão insignificativas que poderiam ser compreendidas como a diferença entre os minutos de fabricação. Por fim, foram encontradas balas na casa de Copenhofer que, se disparadas, dispedaçariam, tornando a identificação impossível. Tipo similar ao que atingira Sally.

Game Over

Todas estas provas poderiam ser, no mínimo, circunstanciais. Eis então que a informática forense dá seu primeiro passo. Quando criamos um arquivo em nosso computador, estamos gravando ele em nosso disco rígido ou em algum dispositivo para armazenamento de memória. Na época, existiam apenas os discos rígidos magnéticos. No caso do computador de Copenhefer, o disco tinha 20Mb.

O que a maioria das pessoas não conhece é que um arquivo não é salvo no disco de forma contínua: na verdade, podem ser usados algoritmos de escalonamento para melhor armazenar o arquivo segundo o espaço disponível. Isso ocorre, frequentemente, em um sistema operacional muito conhecido como Microsoft Windows, que na época era ainda MS-DOS. Hoje, o Windows chama este fato de fragmentação de memória e por isso há a ferramenta chamada desfragmentador de memória. Esta ferramenta tenta reunir os pedaços de um mesmo arquivo em regiões próximas do disco para que não haja disperdício de tempo durante a leitura.

E quando deletamos um arquivo? Na verdade, o arquivo não desaparece simplesmente. Ele fica apenas etiquetado (marcado) como espaço utilizável da memória. Assim, se for necessário, o computador utilizará este espaço para escrever novas informações. Enquanto este espaço não for reescrito, as informações antigas ficam ali, quietas. Sempre que o computador lê um setor etiquetado assim, ele simplesmente o ignora. Por isso, não o vemos. Mas ao escrever, o computador seleciona os melhores setores. Se algum setor com algum arquivo antigo (deletado) estiver no local selecionado, este arquivo antigo será, então, sobrescrito. Hoje, há programas muito bons para buscar por arquivos deletados nos discos. Programas que listam quase que instantaneamente quais os arquivos deletados. Mas em 1988, não haviam programas asssim.

O especialista Al Johnson e sua equipe passaram a procurar, manualmente, por fragmentos de algum arquivo que pudesse ajudar no caso. Hoje, você diria que 20Mb é quase nada. A equipe levou 33 dias para analisar por completo o disco. Mas ao final, eles encontraram pedaços de um documento muito oportuno, com frases suspeitas.

O nome do arquivo era The Plan (o plano). Era um documento em que Copenhefer escrevera tudo o que planejava fazer, inclusive o que deveria ter ocorrido na noite do resgate. Assim como suspeitavam os policiais e a FBI, Sally já estaria morta antes mesmo do resgate e toda aquela brincadeira dos bilhetes era uma armadilha para tentar assasinar também Harry Weiner.

Por fim, conseguiram ainda encontrar um motivo para o assassinato: um empréstimo negado a Copenhefer por Harry. Aproveitaram, no julgamento, e fizeram um ditado para Copenhefer e ele errou novamente a palavra exactely.

Conclusão

Estude, e muito bem, informática. Quer entender o porquê? Leia. Ah, e também nunca negue empréstimos...

Post scriptum:

Este foi um dos crimes exibidos em uma série de TV conhecida como Medical Detectives. Não tenho nenhuma responsabilidade sobre a veracidade dos fatos, para qualquer reclamação quanto a isso entrem em contato com a Universal Channel.